Com altas demandas, principalmente dos Hospitais de Base, do Amor e do Pronto Socorro João Paulo II, o estoque de bolsas de sangue fica em estado de alerta. Segundo a direção da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Rondônia (Fhemeron), todos os tipos sanguíneos estão em situação crítica e abaixo do ideal. “O único que está em estoque normal é B+, os demais estão em baixa, sendo que o mais crítico é o O+, por ser o mais comum e muito procurado nos bancos de sangue do mundo todo. A falta desse tipo sanguíneo é o nosso tendão de Aquiles”, pondera Ana Carolina Gonzaga, médica hemoterapeuta e responsável técnica da Fhemeron. De acordo com a direção do banco de sangue houve uma queda significativa no número de doadores se comparado ao mesmo período do ano passado. De agosto a setembro, menos 40% dos voluntários desistiram do ato por medo. A auxiliar administrativo Benilse Silva é doadora de sangue há 15 anos. Se mantém firme, de quatro em quatro meses com as doações. “Eu venho sem faltar porque sei que aumentou o número de cirurgias e com a pandemia reduziu muito o número de doares, por isso não falto”, a firma a doadora. Marivaldo Junior, é militar do Exército Brasileiro, doador há anos voltou ao hemocentro de Porto Velho após longos meses, justamente por medo da pandemia. “Eu tinha medo de vir no início por conta desse vírus, mas depois eu vi que tudo estava sendo feito da melhor forma possível para o paciente, então, com isso eu me senti mais seguro”, relata. A médica Ana Carolina Gonzaga explica que no ano passado a Fhemeron trabalhou com o estoque que não era o ideal e por conta da pandemia a captação do material sofreu uma queda da fidelização dos doadores, e que neste período o banco de sangue passou por períodos críticos. “Cada região passou por fases diferentes referente à Covid-19, por exemplo: Vilhena e Ji-Paraná estavam em fases mais restritivas sofreram bastante com a ausência de doadores por causa do medo, por acreditarem que hemocentro seja um local de risco, por ser uma instituição de saúde, mas sempre tentamos reforçar que nós seguimos as normas de segurança, sem aglomerações. Por isso, que temos evitado grandes campanhas, mesmo assim não tem sido suficiente para convencer”, declara a médica. A assistente social e gerente de captação da Fhemeron, Maria Luiza Pereira comenta que alguns pacientes reclamam também da dor causada pela agulha na hora da doação. “Para mim, enquanto funcionária da Fhemeron doar sangue não dói, o que dói é ver uma cirurgia cancelada por falta de sangue, ou seja um paciente esperando, porque não temos sangue para liberar. Isso dói muito mais que uma picadinha”, finaliza. REQUISITOS PARA DOAR SANGUE Estar em boas condições de saúde; Ter entre 18 e 69 anos de idade; Jovens entre 16 e 17 anos poderão doar acompanhados dos pais ou responsáveis legais; Ter peso acima de 50 kg; Estar alimentado, evitando alimentação gordurosa (aguardar três horas após o almoço); Homem pode doar até 4 vezes ao ano, em intervalos de 60 dias (dois meses); Mulher pode doar até 3 vezes ao ano, em intervalos de 90 dias (três meses); Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas. IMPEDIMENTOS TEMPORÁRIOS Estar gripado, resfriado ou com febre; (aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas); Infecção pelo novo coronavírus, (aguardar 30 dias após a completa recuperação). Estar grávida ou amamentando; Estar em tratamento médico; Ter ingerido bebida alcoólica no dia da doação (12 horas); Ter tatuagem feita há menos de um ano; Ter feito endoscopia digestiva nos últimos seis meses; Ter adquirido malária nos últimos 12 meses. Funcionário da área da saúde que estão à frente da Covid estão inaptos para doação de sangue; IMPEDIMENTOS DEFINITIVOS Ter sido acometido por doença de Chagas; Ter sido acometido por hepatite após os 11 anos de idade; Ter sido exposto à situação ou comportamento que levem a risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis. ATENDIMENTOS O horário de atendimento ao público na Fhemeron é de segunda a sexta-feira das 07h15 às 18h. Os agendamentos em Porto Velho acontecem através do telefone (69) 3216-2234 ou pelo Whatsap (69) 98464 0125. Em Rondônia, os doadores voluntários podem procurar os seguintes municípios e fazer os agendamentos. Ariquemes: 3535-2658 / 99202 1434 Ji paraná: 99287 1247 Cacoal: 3441 0823 Rolim de Moura: 3442 1328 Vilhena: 3321 5147 / 992406211 FonteTexto: Marina EspíndolaFotos: Edcarlos FerreiraSecom – Governo de Rondônia
Procuradoria Geral do Estado retoma atendimento presencial para tratar da Dívida Ativa
Gradativamente, a Procuradoria Geral do Estado de Rondônia (PGE-RO) retoma o atendimento presencial para quem deseja tratar sobre assuntos relacionados à Dívida Ativa. Para isso, a setorial de Ativos Financeiros tomou todas as medidas de segurança necessárias, como a adaptação das instalações físicas com barreiras de proteção de acrílico e o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). A utilização da máscara é obrigatória e o contribuinte que desrespeitar essa regra de proteção, não poderá ser atendido. “Nessa retomada, limitamos a quantidade de pessoas no prédio ao necessário para o funcionamento do setor de atendimento ao público, fornecendo aos servidores em atendimento presencial os EPIs como máscara, luvas e face shield. O número de atendimentos simultâneos é limitado para diminuir o risco de contágio e a área de espera dentro da sala da Procuradoria foi desativada”, informou o diretor da Procuradoria de Ativos Financeiros, Fábio de Sousa Santos. Desde março, quando foi decretado estado de calamidade pública, parte da equipe começou a trabalhar no regime de home office para contribuir com a prevenção ao contágio do novo coronavírus, a Covid-19. Contudo, procuradores e servidores permaneceram desenvolvendo suas atividades, remotamente, para dar continuidade aos serviços prestados pela Instituição. A pandemia trouxe a urgência por alternativas digitais para situações que antes eram resolvidas de forma presencial e esse contexto acabou acelerando projetos. Prova disso é a criação de um aplicativo com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2021. “O aplicativo será uma ferramenta nova de atendimento digital que permitirá ao contribuinte, mediante algumas validações simples, ter acesso aos valores devidos, tirar documentos de pagamento, certidões, e fazer parcelamentos diretamente no aparelho móvel. A principal vantagem é a agilidade e a praticidade. Não será necessário aguardar prazo específico de resposta da Procuradoria”, comenta o procurador do Estado, Fábio Santos. Ressalta-se que, para quem puder solucionar sua demanda de forma digital ou pelo telefone, deve-se dar preferência a essas formas de atendimento, evitando assim, sair de casa sem necessidade. Para os débitos consolidados de até R$ 74.000 (setenta e quatro mil reais), o atendimento pode ser feito também em qualquer agência da Secretaria de Estado de Finanças (Sefin). FORMAS DE ATENDIMENTO – No Centro Integrado de Atendimento ao Contribuinte (Ciac): De segunda a sexta, das 8h às 13h. Endereço: avenida Tiradentes, 3361, Bairro Industrial (em frente ao Comando Geral da Polícia Militar) – Por telefone: De segunda a sexta, das 8h às 13h. Contato: (69) 3212-9131 – E-mail: atendimento.dividaativa@pge.ro.gov.br Disponível ao cidadão 24 horas por dia, durante todos os dias da semana, inclusive aos sábados, domingos e feriados. O prazo de resposta é de três dias úteis. – Atendimento com procurador do Estado: Mediante agendamento por e-mail ou telefone é realizado, exclusivamente, por videochamada. O atendimento realizado pelos procuradores do Estado é de segunda a sexta, das 7h30 às 13h30, sujeito à disponibilidade de horário. FonteTexto: Ana ViégasFotos: Renata BentesSecom – Governo de Rondônia
No mês de prevenção ao suicídio, especialistas alertam sobre os sintomas ligados à depressão e divulgam centrais de atendimento
O Governo de Rondônia, através dos órgãos ligados à saúde, busca investir na expansão dos atendimentos voltados à saúde mental dos servidores públicos de Rondônia. No Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro em Porto Velho, funciona o Centro de Valorização da Vida (CVV), onde psicólogos prestam assistência aos profissionais da área da saúde do Estado com sintomas de depressão. A rotina estressante de trabalho voltado a área da saúde, processo doloroso de divórcio e recorrentes dificuldades familiares, desencadearam uma série de problemas psicológicos na jovem enfermeira Izamara Vieira Braga, que com perseverança no tratamento vence a depressão todos os dias. Para os policiais militares que atuam nos serviços junto a sociedade e se deparam com situações rotineiras que podem desencadear sintomas ligados a depressão, o Estado disponibiliza o Serviço de Psicologia da Diretoria de Serviço Social. A psicóloga Alessandra Machado, diretora de serviço social da Polícia Militar de Rondônia, diz que ainda não há dados oficializados sobre o aumento do suicídio no período de pandemia. Com a finalidade de prevenir e reduzir os casos de suicídio, há seis anos foi escolhido setembro como o mês de prevenção à doença, em uma campanha mundial contra esse mal. Surtos de estresse e ansiedade ficaram visíveis para a enfermeira Izamara Vieira Braga, que sempre foi saudável e diante de tais sintomas procurou ajuda antes que se autodestruísse, foi quando os médicos a diagnosticaram e descobriu-se então a necessidade de internação médica e afastamento das suas atividades profissionais. “Passei por vários médicos psiquiátricos, porque eu não entendia, porquê aquilo estava acontecendo comigo, e porquê eu não melhorava. Sempre que ia na terapia com a psicóloga era um dia de absorver as orientações dela e outro dia era de dizer que eu estava fraquejando e não estava conseguindo progredir. E ela sempre fala que a nossa vida é uma montanha russa, um dia vamos estar bem, mas vai ter dia que não. Isso é viver. E então não consegui mais retornar as minhas atividades habituais”, relata a jovem. A enfermeira conta ainda que não aceitava suas condições emocionais, e que cometer o suicídio era a solução para seus problemas. Ao ser medicada e após algum tempo de tratamento, a retomada mais um vez frustrante de atividades laborais foi o estopim para dar continuidade a mais uma crise, só que desta vez ligada a insônia e outros sintomas. SINTOMAS E TRATAMENTO De acordo com a psicóloga Risomar Ferreira de Souza, lotada no Hospital de Base, a depressão é uma doença severa que pode acometer pessoas em qualquer idade, como no caso da jovem Izamara. Crianças, jovens adultos e idosos, independente do padrão de vida e/ou classe social não estão imunes. “É muito importante tratar depressão como doença, e buscar urgentemente ajuda médica e psicológica. Quem tem depressão não está inventando doença, preguiça ou outros termos pejorativos que são usados para os sintomas manifestos”, e complementa o alerta, “leve muito a sério ao ouvir queixas ou observar sintomas, pois há a necessidade de socorro imediato”. Os principais sintomas de que uma pessoa está deprimida são: tristeza, sem motivos aparente; Humor deprimido, que se caracteriza por desânimo persistente; Baixa autoestima; Sentimentos de inutilidade; Perda de interesse em atividades que antes a pessoa apreciava; Mudança de apetite; Ganho ou perda de peso; Insônia ou dormir em excesso; Perda de energia ou fadiga acentuada; Movimentos físicos sem sentido, como apertar as mãos de forma constante e nervosa (sinais de ansiedade); Sentir-se sem esperança; Sentir-se culpado; Dificuldades para raciocinar, se concentrar ou tomar decisões; Ideações de morte ou suicídio; Irritabilidade, ansiedade e angústia; Necessidade de um grande esforço para fazer coisas que antes eram fáceis; Diminuição ou incapacidade de sentir alegria; Sentimentos de medo, insegurança, desespero, desamparo e vazio; Interpretação distorcida e negativa da realidade; Dores e outros sintomas físicos sem uma causa aparente, como dores de barriga, azia, má digestão, diarreia, prisão de ventre, gases, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito. Diante de muitas recomendações, internações, remédios e tratamento, Izamara, tentou novamente o retorno das atividades profissionais na área de enfermagem, e se convenceu que não dava mais para continuar no que amava fazer. “Hoje, eu ainda tomo antidepressivo. Dos mais de oito comprimidos passei a usar apenas um por dia e vivo feliz, pois descobri que só eu posso mudar meu destino, que acima de mim só existe Deus e que o resto é só mais um obstáculo que vou vencer para conquistar meus ideais, e que sem Deus não conseguimos nada. Hoje eu sou feliz e todos os dias luto para que meu outro dia seja mais feliz ainda. Todos os dias eu luto com meu próprio pensamento e vocês podem ter certeza que a única coisa que pode nos sabotar somos nós mesmo, mas isso, se nós deixarmos. E eu digo “eu não quero mais ser infeliz”, finaliza Izamara. O caso da enfermeira é apenas um em um universo de milhares. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão foi considerada o mal do século XXI. Atinge cerca de 10% da população mundial, e o índice aumenta a cada ano. Uma doença silenciosa, que é incompreendida até mesmo por quem sofre com o problema e que pode levar ao suicídio. Um mal que atinge todas as camadas sociais. ATENDIMENTO O Centro de Valorização da Vida possui um canal de atendimento, através do telefone 188. O Serviço de Psicologia da Diretoria de Serviço Social pode ser acionado por meio do telefone: 3216-8869. A população em geral pode buscar atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Em Porto Velho, há duas unidades: o Caps Três Marias, que funciona na rua Equador, bairro Nova Porto Velho e o Caps Madeira Mamoré, situado na rua Elias Gorayeb, bairro Liberdade. O serviço também pode ser acessado pelo site: www.setembroamarelo.org.br FonteTexto: Marina EspíndolaFotos: Frank NérySecom – Governo de Rondônia