Nascida em Curitiba, no Paraná, Camila tem o coração rondoniense. Antes mesmo de completar um ano de vida, já tinha se mudado com os pais, Idevaldo D’Orazio e Inês Aparecida Gulak, para Porto Velho. Defensora do estado que lhe acolheu, não deixa que ninguém reclame de Rondônia.
Por ter vivido muitos anos em um sítio, explorou muitas brincadeiras ao ar livre como subir em árvore para pegar fruta, pescar na lagoa, tomar banho de chuva e de rio, além de brincar de bicicleta, pega-pega, de pular corda e bolinha de gude. Conectada com a natureza desde a infância, muitas das suas viagens na fase adulta são para locais em que é possível descobrir maravilhas naturais.
A irmã do Diego (34 anos), do Bruno (29 anos), do Gabriel (16 anos), da Júlia (13 anos), do Idevaldo Júnior (12 anos), e tia do Arthur, tem sempre um sorriso largo no rosto e adora conversar.
Aplicada e estudiosa, ela deseja ingressar na carreira da advocacia pública como procuradora do Estado, mas quando criança, pensava em ser médica ou veterinária – a última profissão muito por ajudar o pai a examinar as aves da granja da qual é proprietário. Contudo, com o tempo, percebeu-se muito inclinada a cursar a faculdade de Direito. E assim aconteceu.
Já formada, foi nomeada para o Tribunal de Justiça (TJ) após ser aprovada para técnica judiciária, e de lá só saiu para assumir o cargo de Analista Processual na Procuradoria Geral do Estado de Rondônia (PGE-RO) – onde permanece.
Com muita disponibilidade para ajudar todos os que ingressam na carreira de apoio da Instituição, e ficam lotados no Gabinete, ela sempre recepciona com carinho os novatos e ajuda na ambientação. Auxilia também ensinando como funciona a rotina do setor e vai monstrando o passo a passo do fluxo de trabalho.
Com a mesma paciência que possui para ensinar, ela ouve, aprende e aprimora suas habilidades profissionais. Sempre em busca de ser sua melhor versão, a Camila tem prazer por aprender – tanto nos aspectos da sua carreira, como nos da sua evolução enquanto ser humano. Por isso, fica atenta aos ensinamentos passados pelos procuradores, pelos colegas de trabalho, amigos, familiares e pelos de qualquer outra pessoa que possa acrescentar algo de positivo ao seu repertório.
Para conhecer um pouco mais da trajetória da Camila Gulak dentro da Procuradoria, leia a entrevista que segue:
O que você mais gosta em Porto Velho?
Eu moro aqui desde que nasci. Sou mais daqui do que qualquer outro lugar, então gosto de muitas coisas. Mas se fosse eleger apenas uma coisa, diria que o que mais gosto são as pessoas. O povo é muito acolhedor e caloroso. Eu fiz grandes e verdadeiros amigos aqui em Porto Velho.
Qual a sua experiência profissional antes da PGE?
Meu primeiro estágio foi no Tribunal de Justiça, na 5ª Vara Cível. Fiquei cerca de um ano e meio lá. Depois passei nos concursos para estágio na Justiça Federal, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Tribunal de Justiça (TJ) de novo. Já no fim da faculdade, consegui meu primeiro emprego: no Ministério Público do Estado. Fui Assistente na Promotoria do Idoso e das Pessoas com Deficiência durante quase 1 ano. Então passei e tomei posse no concurso do TJ, no cargo de Técnica Judiciária. Trabalhei por cinco anos lá e saí para tomar posse como Analista da PGE.
Qual foi sua sensação quando viu o seu nome na lista dos aprovados?
Ah, eu fiquei muito feliz! Até hoje foi a minha melhor colocação em um concurso. Mas bom mesmo foi receber a notícia de que eu seria nomeada.
Quando ingressou na PGE e como foi?
No dia da posse eu estava bastante animada e um pouco nervosa. Eu não conhecia bem a PGE e queria ter sido lotada em um Procuradoria genérica e que trabalhasse com a maior quantidade possível de matérias, como a Procuradoria do Contencioso, porque achei que assim poderia aprender mais coisas. Mas aceitei o convite para ficar Gabinete.
Com o tempo, vi que realmente foi uma ótima decisão e me sinto honrada pelo convite que me foi feito, pela a confiança e por fazer parte da equipe.
Como era a PGE quando você entrou?
Tinham bem menos servidores concursados. Houve uma expansão no quadro de efetivos. Com o passar o tempo, a Instituição foi realizando nomeações e, aos poucos, os setores da PGE foram sendo estruturados.
Com relação, especificamente, ao Gabinete, a divisão do serviço era um pouco diferente do que é hoje. Havia um Procurador exclusivamente para área consultiva e outro para área judicial e os analistas trabalhavam preponderantemente com a área judicial. Hoje mudou um pouco. Chegaram novos colegas e todo mundo trabalha nas duas áreas, sendo a divisão do serviço apenas por matéria.
O que você acha que representa, para a PGE, a realização do concurso da carreira de apoio?
Acho que representa um dos pilares para a estruturação da Instituição.
Por quais setores já passou?
Fiquei só no Gabinete.
Qual, você acredita ser, a sua maior contribuição para a PGE até agora?
É difícil responder essa pergunta porque acredito que a maior contribuição seja da PGE para comigo. Eu tenho aprendido tantas coisas que, sendo bem sincera, tenho uma certa dificuldade de responder de plano qual seria a minha maior contribuição. Mas rememorando algumas conversas que já tive com alguns colegas, penso ser muito importante a existência de rotinas diárias e hábitos de trabalho muito bem definidos, sobretudo em razão da grande quantidade processos. Durante toda a minha trajetória profissional, pude aprender sobre essas práticas e ver que os hábitos organizacionais certos contribuem sobremaneira com o desempenho eficiente do serviço. Acho que essa experiência é algo que tenho a contribuir.
Quais os principais desafios que você tem encontrado nesse período de trabalho no regime de home office?
De forma geral, acredito que a estrutura de trabalho. No espaço físico da Procuradoria, eu tenho acesso a um computador melhor e a dois monitores, o que facilita muito o trabalho com processos judiciais. A internet é bem melhor também. Às vezes, o sistema não carrega e tenho dificuldades de baixar processos.
Qual o seu sentimento em relação à PGE?
A PGE desperta muitos sentimentos em mim. Por vezes, um ou outro prepondera. Mas tenho me sentido grata pela mudanças e evoluções profissionais e pessoais que estão acontecendo comigo a partir da minha experiência na Procuradoria. E isso tem despertado carinho e vontade de contribuir de verdade com a Instituição.
Qual foi a situação que mais te marcou dentro da PGE até hoje?
Bom, uma vez que presenciei um Procurador falando a respeito de um processo que a PGE havia atuado e logrado êxito. Era um processo bastante importante e a atuação da Procuradoria foi fundamental para o Estado ganhar a ação. Os olhos desse Procurador brilhavam ao falar e ele estava muito entusiasmado. Isso marcou porque eu vinha buscando trabalhar com algo que despertasse sentimentos dessa natureza em mim e hoje me sinto assim ao elaborar as minutas das defesas do Estado.
Se você fosse agradecer a alguém da PGE, quem seria e por quê?
Não seria só a uma pessoa. Agradeceria aos meus colegas da carreira de apoio porque eles compartilham comigo os sabores e desafios de ocupar o cargo que a gente ocupa.
O que a Camila de hoje, diria para a Camila que ingressou em 2018?
Vai ser bem difícil às vezes, mas você ainda vai agradecer muito a Deus por tudo isso.
Qual a mensagem que você deixaria para quem deseja prestar concurso para a PGE-RO?
Diria que é desafiador, mas que é um ótimo lugar para trabalhar.
Quais os planos para o futuro?
Bom, eu sigo estudando e o plano é continuar assim até começar a colher alguns frutos. Ah, e recentemente fui aprovada no processo seletivo realizado pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) para cursar uma Pós-Graduação em Direito Processual Civil.
Uma curiosidade sobre a Camila.
Estou aprendendo a cozinhar e adoro chamar as pessoas que gosto para minha casa. Ouvimos música, tomamos um vinho e elas me ajudam a testar novas receitas.
Uma frase para finalizar.
“Existem um monte de pequenas razões para grandes coisas acontecerem em nossas vidas”. É de um seriado que eu gosto.
O que os colegas de trabalho falam sobre a Camila Gulak D’Orazio:
“A Procuradoria, até então, não tinha quadro próprio para carreira de apoio. A partir do concurso, novos servidores passaram a fazer parte da Instituição e entre os analistas a Camila tem se destacado pela experiência que trouxe do Tribunal de Justiça, mas não apenas por isso. Ela é uma profissional comprometida com o seu trabalho e dedicada em todas as atividades que desenvolve na PGE. Lembro-me que no dia da sua posse, ela ressaltou que estava vindo para a Procuradoria porque desejava ter mais experiência na área judicial, pois essa vivência faria diferença na sua carreira, mesmo que financeiramente fosse mais interessante permanecer no Tribunal.
Ela tem contribuído muito para a PGE e nós ganhamos uma servidora que faz a diferença.”
Lerí Antônio Souza e Silva– Procurador Geral Adjunto
“Quando entrei na Procuradoria Geral do Estado, em setembro no ano passado, fui recepcionada pela Camila. Que recepção! De cara ela se mostrou uma pessoa prestativa, extrovertida e inteligente. Descobri que eu ia ficar lotada na assessoria de gabinete junto com ela. Então ela não mediu esforços e já foi me apresentando e explicando como funcionava o Gabinete, as demais setoriais e me mostrou o CPA, literalmente. O que me chamou atenção nela foi a paciência de me ensinar com tanto carinho e dedicação, isso mostrou seu diferencial. Ela é uma mulher inteligente, sorridente, amorosa, muito estudiosa e dedicada no seu trabalho. Faz toda diferença no nosso setor. A PGE/RO com certeza só tem a ganhar em tê-la como servidora. Ela é o tipo de pessoa que erra o prazo para menos.
Agora deixando o aspecto profissional um pouco de lado, a Camila é uma pessoa empática e divertidíssima. Isso é admirável! É o seu destaque. Ela tem um dom de se colocar no lugar do outro, fora do comum. Ela alegra o Gabinete. Sou grata a Deus por ter conhecido essa pessoa maravilhosa, que tem me ajudado a evoluir, não só profissionalmente, mas como pessoa também. Desejo a Camila todo sucesso do mundo, pois ela merece!”
Marina Maia – Técnica da Procuradoria
Fonte:
Texto: Ana Viégas
Fotos: Ana Viégas e arquivo pessoal de Camila Gulak