Nascido em Porto Velho, no Baixo Madeira – mais precisamente em uma localidade chamada Boa Hora – Franklin Vidal é um homem que gosta da simplicidade e que leva uma vida pacata.
Criado com os avós, ele relata que sua infância foi muito boa. Pescaria, futebol, e liberdade para brincar estão entre suas lembranças afetivas de quando era criança.
Com 18 irmãos (11 irmãos por parte de mãe e 7 por parte de pai), ele passou um tempo em Humaitá, retornando para Porto Velho com 14 anos.
Casado desde 1998 com a Elisângela, ele é pai do Bruno, da Laíssa, Letícia e Valentina. Ao falar dos filhos, sua voz é terna e os olhos brilham. Entretanto, não são só seus rebentos que trazem brilho para o seu olhar… o Vidal tem outra paixão que não esconde de ninguém: o Flamengo! Flamenguista de alma e coração, sempre que tem uma oportunidade, exalta o seu time.
Já no âmbito profissional, sua carreira começou cedo, antes mesmo de prestar concurso público. Este ano, completou três décadas como servidor da Procuradoria, ou seja, desde os 21 anos de idade trabalha na PGE.
Ele cuida do patrimônio da Instituição, mas também é patrimônio vivo daqui. Sua vivência e experiência são ativos valiosos para quem quer entender mais da história da Procuradoria.
Se a sua curiosidade foi despertada, acompanhe a entrevista a seguir para saber mais da trajetória do Vidal na PGE:
Qual a sua experiência profissional antes da PGE?
Eu era vendedor. Fui vendedor de porta em porta, depois fui camelô e por último passei a ser vendedor de loja de colchão. Até que fiz o concurso e passei.
Quando ingressou na PGE e como foi?
Fiz o concurso para auxiliar administrativo, que foi o primeiro concurso realizado pelo Estado logo que deixou de ser território. Em novembro de 1989 fui nomeado entrando direto para a PGE.
Como era a PGE quando entrou?
Era muito pequenininha. Tinha mais ou menos umas 6 salas.
Na época, eram poucas setoriais, só tinha a Procuradoria Administrativa, a Trabalhista, o Contencioso, a área de Contratos, o Centro de Processamento de Dados – que agora é Tecnologia da Informação e a Divisão Administrativa – que hoje é a Gerência Administrativa e Financeira.
Quem ingressou junto com você na PGE que está até hoje?
Geanny, Jefersson, Quézia, Jairo e Ana Lúcia.
Como o senhor avalia a estrutura da PGE daquela época comparada à atual?
Mudou muita coisa. É uma mudança enorme na questão da infraestrutura e isso é até legal, mas eu sinto falto de algo que acontecia quando a PGE era menor. As pessoas eram mais próximas e se conheciam melhor. Era uma integração muito grande.
Os servidores e os procuradores até saiam juntos para jogar bola. Sinto falta dessa época!
Por quanto setores já passou?
Iniciei na Divisão Administrativa, depois fui para o Centro de Processamento de Dados, fiquei um mês na Corregedoria, posteriormente fiquei 4 anos na Procuradoria Fiscal e depois voltei para a Divisão Administrativa na área de Patrimônio.
Qual foi o grande marco para a evolução da PGE, na sua percepção?
A mudança de governo. Quando o Ivo Cassol entrou, aconteceu uma valorização da PGE. Antes não tínhamos verba suficiente nem para a compra de mobiliário básico. Chegava funcionário novo a gente tinha que consertar a cadeira e a mesa para ele trabalhar porque não tínhamos dinheiro para comprar.
A mudança da PGE foi muito grande em tudo, tecnologia, material, capital humano…
O que o fez gostar de trabalhar na PGE durante todos esses anos?
O pessoal. Os amigos que fiz aqui.
Eu nunca pensei em sair da PGE para outro lugar.
Qual o seu principal desafio no setor de Patrimônio da PGE?
Tentar organizar para deixar do jeito que eu deixei antes do período em que fiquei afastado do setor.
Qual, o senhor acredita ser, a sua maior contribuição para a PGE durante esses anos?
Meu trabalho. Eu ajudei a montar todas as Regionais. Nós viajávamos em um carro pequeno, dando mais de 20 viagens para dar conta de levar mesa, máquina de escrever, cadeira… Acordávamos de madrugada para abastecer o carro nos tambores de aço, às vezes o carro quebrava e o motorista tinha que parar para consertar o carro… Foi muito trabalho. Tanto meu como do Jairo. E do Jorge que era motorista e já saiu da Instituição.
Qual momento o senhor recorda ter sido o mais marcante durante sua carreira na PGE?
Quando eu recebi uma portaria de elogio em 1991. A procuradora Aliete fez a portaria para elogiar o trabalho realizado.
Qual o seu sentimento em relação à PGE?
De gratidão, de amor… Eu tenho muito amor pela PGE e pelas pessoas que estão aqui.
Se o senhor fosse agradecer alguém da PGE, quem seria e por quê?
Geanny. Por tudo! É a pessoa para mim que merece nota 10! E de amigo eu agradeceria ao Jairo, que me acompanha desde sempre. Foi um dos caras que mais me ajudou quando eu entrei. São duas pessoas especiais para mim.
O que o Vidal – chefe do Patrimônio- diria para Vidal que ingressou na PGE em 1989?
Diria para ele não mudar muita coisa desde quando ele entrou até agora, apenas para tentar aprender mais com as pessoas que entraram agora, que às vezes eu tenho cabeça dura (risos).
Quais os planos para o futuro?
Meu plano é me aposentar na PGE e terminar minha casa. São mais de 20 anos construindo.
Uma curiosidade sobre o Vidal.
Eu gosto de escrever poesias. Fiz muitas poesias, tenho mais de 300 em casa. Hoje em dia, já não faço mais, parei. Nunca mandei para ninguém, mas gostava de escrever sobre tudo.
Uma frase para finalizar.
É preciso sentir entre os espinhos a rosa que está para se abrir.
O que os colegas de trabalho falam sobre Franklin Vidal Nogueira:
“O Vidal é gentil e educado. Alguém que sempre se coloca à disposição para ajudar.
Como profissional e chefe de setor, é muito correto com o seu serviço e carrega uma bagagem de mais de 30 anos trabalhando com patrimônio público. Então ele possui uma carga de conhecimento que mesmo eu, formada em Administração, não tenho. Ele tem essa experiência prática e está sempre aberto a explicar e desenvolver o trabalho da melhor forma possível. Ele nunca reclama e nunca nega ajuda.
É um chefe muito atencioso e compreensivo com os funcionários.”
Valessa Gama – Técnica da Procuradoria
“O Vidal é um amigo de muitos anos e um funcionário zeloso, competente, extremamente dedicado com as coisas que faz e com o patrimônio da PGE – que foi onde ele realizou sua vida profissional. É uma pessoa que está sempre pronta para ajudar o colega.
Ele chegou logo em seguida a minha entrada na PGE e demonstrou comprometimento desde o início.
Agora, entramos em uma nova fase no setor de Patrimônio e estamos aproveitando toda a experiência e conhecimento dele para organizar o setor. Sem ele não conseguiríamos fazer metade do serviço que já realizamos.
Ele é um servidor muito fiel, que veste a camisa da Instituição e é muito querido pelos colegas da Procuradoria.”
Geanny Márcia Barbosa – Gerente Administrativa e Financeira
Fonte:
Texto: Ana Viégas
Fotos: Ana Viégas