Nascido em Porto Velho, no Baixo Madeira – mais precisamente em uma localidade chamada Boa Hora – Franklin Vidal é um homem que gosta da simplicidade e que leva uma vida pacata. Criado com os avós, ele relata que sua infância foi muito boa. Pescaria, futebol, e liberdade para brincar estão entre suas lembranças afetivas de quando era criança. Com 18 irmãos (11 irmãos por parte de mãe e 7 por parte de pai), ele passou um tempo em Humaitá, retornando para Porto Velho com 14 anos. Casado desde 1998 com a Elisângela, ele é pai do Bruno, da Laíssa, Letícia e Valentina. Ao falar dos filhos, sua voz é terna e os olhos brilham. Entretanto, não são só seus rebentos que trazem brilho para o seu olhar… o Vidal tem outra paixão que não esconde de ninguém: o Flamengo! Flamenguista de alma e coração, sempre que tem uma oportunidade, exalta o seu time. Já no âmbito profissional, sua carreira começou cedo, antes mesmo de prestar concurso público. Este ano, completou três décadas como servidor da Procuradoria, ou seja, desde os 21 anos de idade trabalha na PGE. Ele cuida do patrimônio da Instituição, mas também é patrimônio vivo daqui. Sua vivência e experiência são ativos valiosos para quem quer entender mais da história da Procuradoria. Se a sua curiosidade foi despertada, acompanhe a entrevista a seguir para saber mais da trajetória do Vidal na PGE: Qual a sua experiência profissional antes da PGE? Eu era vendedor. Fui vendedor de porta em porta, depois fui camelô e por último passei a ser vendedor de loja de colchão. Até que fiz o concurso e passei. Quando ingressou na PGE e como foi? Fiz o concurso para auxiliar administrativo, que foi o primeiro concurso realizado pelo Estado logo que deixou de ser território. Em novembro de 1989 fui nomeado entrando direto para a PGE. Como era a PGE quando entrou? Era muito pequenininha. Tinha mais ou menos umas 6 salas. Na época, eram poucas setoriais, só tinha a Procuradoria Administrativa, a Trabalhista, o Contencioso, a área de Contratos, o Centro de Processamento de Dados – que agora é Tecnologia da Informação e a Divisão Administrativa – que hoje é a Gerência Administrativa e Financeira. Quem ingressou junto com você na PGE que está até hoje? Geanny, Jefersson, Quézia, Jairo e Ana Lúcia. Como o senhor avalia a estrutura da PGE daquela época comparada à atual? Mudou muita coisa. É uma mudança enorme na questão da infraestrutura e isso é até legal, mas eu sinto falto de algo que acontecia quando a PGE era menor. As pessoas eram mais próximas e se conheciam melhor. Era uma integração muito grande. Os servidores e os procuradores até saiam juntos para jogar bola. Sinto falta dessa época! Por quanto setores já passou? Iniciei na Divisão Administrativa, depois fui para o Centro de Processamento de Dados, fiquei um mês na Corregedoria, posteriormente fiquei 4 anos na Procuradoria Fiscal e depois voltei para a Divisão Administrativa na área de Patrimônio. Qual foi o grande marco para a evolução da PGE, na sua percepção? A mudança de governo. Quando o Ivo Cassol entrou, aconteceu uma valorização da PGE. Antes não tínhamos verba suficiente nem para a compra de mobiliário básico. Chegava funcionário novo a gente tinha que consertar a cadeira e a mesa para ele trabalhar porque não tínhamos dinheiro para comprar. A mudança da PGE foi muito grande em tudo, tecnologia, material, capital humano… O que o fez gostar de trabalhar na PGE durante todos esses anos? O pessoal. Os amigos que fiz aqui. Eu nunca pensei em sair da PGE para outro lugar. Qual o seu principal desafio no setor de Patrimônio da PGE? Tentar organizar para deixar do jeito que eu deixei antes do período em que fiquei afastado do setor. Qual, o senhor acredita ser, a sua maior contribuição para a PGE durante esses anos? Meu trabalho. Eu ajudei a montar todas as Regionais. Nós viajávamos em um carro pequeno, dando mais de 20 viagens para dar conta de levar mesa, máquina de escrever, cadeira… Acordávamos de madrugada para abastecer o carro nos tambores de aço, às vezes o carro quebrava e o motorista tinha que parar para consertar o carro… Foi muito trabalho. Tanto meu como do Jairo. E do Jorge que era motorista e já saiu da Instituição. Qual momento o senhor recorda ter sido o mais marcante durante sua carreira na PGE? Quando eu recebi uma portaria de elogio em 1991. A procuradora Aliete fez a portaria para elogiar o trabalho realizado. Qual o seu sentimento em relação à PGE? De gratidão, de amor… Eu tenho muito amor pela PGE e pelas pessoas que estão aqui. Se o senhor fosse agradecer alguém da PGE, quem seria e por quê? Geanny. Por tudo! É a pessoa para mim que merece nota 10! E de amigo eu agradeceria ao Jairo, que me acompanha desde sempre. Foi um dos caras que mais me ajudou quando eu entrei. São duas pessoas especiais para mim. O que o Vidal – chefe do Patrimônio- diria para Vidal que ingressou na PGE em 1989? Diria para ele não mudar muita coisa desde quando ele entrou até agora, apenas para tentar aprender mais com as pessoas que entraram agora, que às vezes eu tenho cabeça dura (risos). Quais os planos para o futuro? Meu plano é me aposentar na PGE e terminar minha casa. São mais de 20 anos construindo. Uma curiosidade sobre o Vidal. Eu gosto de escrever poesias. Fiz muitas poesias, tenho mais de 300 em casa. Hoje em dia, já não faço mais, parei. Nunca mandei para ninguém, mas gostava de escrever sobre tudo. Uma frase para finalizar. É preciso sentir entre os espinhos a rosa que está para se abrir. O que os colegas de trabalho falam sobre Franklin Vidal Nogueira: “O Vidal é gentil e educado. Alguém que sempre se coloca à disposição para ajudar. Como profissional e chefe de setor, é muito correto
II Conferência dos Procuradores do Estado de Rondônia trouxe reflexões sobre uma nova visão de Administração Pública
A II Conferência dos Procuradores do Estado de Rondônia teve sua solenidade de abertura na noite da quinta-feira, 21, no Teatro Guaporé, e contou com a palestra magna da juíza federal, Isabela Ferrari, cujo tema tratou sobre “Inteligência Artificial e Direito”. Na oportunidade, houve também o lançamento da revista Guaporé – publicação com periodicidade anual que teve, em sua primeira edição, artigos científicos, trabalhos técnicos e entrevistas sob a temática de uma nova visão da Administração Pública (tema do evento). Durante a abertura, o procurador geral do Estado de Rondônia, Juraci Jorge da Silva, ressaltou a importância da Conferência como maneira de fomentar o conhecimento e agradeceu a presença de todos. Participaram da mesa, ao lado do procurador do Estado, a juíza auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça (TJ), Silvana Maria Freitas, representando o presidente do TJ, desembargador Walter Waltenberg Silva Junior; o procurador do Estado, Tiago Cordeiro Nogueira, como presidente em exercício da Associação dos Procuradores do Estado de Rondônia (Aper); o subdefensor público geral do Estado de Rondônia, Diego De Azevedo, representando a Defensoria Pública do Estado de Rondônia; Maria Rejane Sampaio, presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia; o presidente da Ordem dos Advogados do Estado de Rondônia, Elton José Assis; a procuradora do Estado e organizadora do evento, Taís Cunha; e a juíza Federal e palestrante, Isabela Ferrari. Após a abertura, a noite continuou com a palestra magna e finalizou com um coquetel. Dando continuidade à II Conferência, na sexta-feira, 22, a programação começou com um painel que tratou do “Direito e Tecnologia”. A palestrante, Drª. Ana Cristina Aguilar Viana, falou sobre “Administração Pública Digital” e a Drª. Miriam Wimmer sobre “Transformação Digital e Inteligência Artificial”. Em seguida, foi debatido o tema “Democracia e Informação” com as palestras “Desprezo à Constituição e aos princípios da Administração em tempos de erosão democrática e populismo”, ministrada pela Drª. Eneida Desiree Salgado, e “Acesso à informação e a cultura do sigilo na Administração Pública”, apresentada pela Drª. Karina Furtado Rodrigues. No turno da tarde, uma mesa redonda deu início aos trabalhos com a participação da procuradora do estado, Marta Lobo, presidindo a mesa, ao lado da defensora do Estado, Denise Luci Castanheira, da procuradora do Estado, Tais Cunha, e da juíza do TJ Úrsula Gonçalves Theodoro de Faria Souza, para debater a “Mediação no novo Direito Processual Civil”. Encerrando o evento, o painel “Direito Administrativo Contemporâneo” contou com a palestra “Regime Jurídico das Estatais”, proferida pela Drª. Irene Patrícia Nohara, e a mestre Raquel Melo Urbano de Carvalho tratou o tema “Entre a LINDB, a crise do controle e a desestatização: o Direito Administrativo sobreviverá?”. Na plateia, os ouvintes elogiavam o nível das palestras, das reflexões levantadas e nos intervalos aproveitavam para conversar com as palestrantes e discutir sobre os temas tratados. “Eu gostei do evento principalmente pelas exposições a respeito da Administração Pública e das novas tecnologias empregadas. Para mim foi surpreendente porque eu não sabia que dentro da Administração Pública tinha tantas portas para a autonegociação e resolução de litígios fora do judiciário. Isso foi uma novidade que a Conferência conseguiu trazer para mim. E a expectativa que eu tinha era justamente a oposta porque eu achei que fosse continuar as mesmas tratativas do poder público e o que eu vi aqui foi justamente uma proposta disruptiva, uma proposta inovadora. Foi bastante interessante”, comentou o acadêmico de Direito – Edgar Pessoa Neto. Acompanhe o que algumas palestrantes falaram: Palestrante: Isabela FerrariTema: “Inteligência Artificial e Direito” “A palestra explica porque esse momento em que a gente vive agora é diferente de tudo que já existia em termos de tecnologia. Eu abordo aqueles que eu considero os três principais fatores para explicar o porquê o mundo está evoluindo cada vez mais rápido. O primeiro fator é o aumento da capacidade computacional em termos exponenciais – então a gente vai ver que a capacidade dos computadores vem crescendo exponencialmente e o acesso a computadores superpotentes vem ficando acessível a cada vez mais pessoas. O segundo fator é a inteligência artificial que existe desde a década de 70 como técnica, mas que vem apresentando cada vez mais resultados interessantes por causa do nosso terceiro fator que é o big data. Big data é a grande quantidade de informação que a gente tem disponível. É essa informação que vai servir de base para que os computadores aprendam, e que vai servir de base para a inteligência artificial. E com computadores superpotentes, a gente junta esses três fatores e começa a ver grande mudanças em vários campos como na medicina, na segurança pública, e, como não poderia deixar de ser, a gente vê no Direito também. A segunda parte da palestra eu falo sobre as ferramentas On-line Dispute Resolution (ODR), como que a iniciativa privada, há algum tempo, vem, de forma bem sucedida, usando ferramentas on-line para possibilitar que pessoas negociem conflitos. E, no terceiro momento da palestra, eu explico como o poder judiciário, olhando para essas experiências bem sucedidas no campo privado, vem incorporando vários desses insights na sua estrutura dando origem ao fenômeno que conhecemos como cortes on-line. Este não é um fenômeno que está distante da gente. Ele está presente no mundo inteiro e realmente é um movimento mundial, a gente encontra diversas iniciativas nos Estados Unidos, em países europeus, asiáticos e também no Brasil. Ao final da palestra, eu abordo a nossa situação e perspectivas de futuro, destacando como eu entendo que em breve a gente vai ter uma mudança muito grande de cenário. Principalmente observando as inciativas que acontecem na base do judiciário, então os juízes de primeiro grau que trazem muitas inovações em suas áreas, mas, principalmente, as iniciativas capitaneadas de cima, pelo ministro Dias Toffoli – que é um entusiasta das cortes on-line e do emprego de ferramentas ODR para lidar com a grande massa de processos que a gente tem no judiciário; depois dele nós teremos na presidência o ministro Fux, que também é um entusiasta e pensa a tecnologia como uma
Novos membros do Conselho Superior e corregedor geral da PGE tomam posse
Na manhã desta terça-feira (19), no Salão Nobre Rosilda Shockness, no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho, aconteceu a posse dos novos membros do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado. Os procuradores do Estado, Luciano Alves de Souza Neto, Sávio de Jesus Gonçalves, Luiz Cláudio Vasconcelos Xavier de Carvalho e Fábio José Gobbi Duran foram empossados como os novos membros do Conselho Superior; Aparício Paixão Ribeiro Junior como novo corregedor geral; os procuradores Glauber Luciano Costa Gahyva, Luciano Brunholi Xavier e Eder Luiz Guarnieri não puderam comparecer à cerimônia, razão pela qual a posse se deu mediante procuração específica. A eleição aconteceu no dia 22 de outubro das 7h às 19h (horário de Brasília) e o resultado foi divulgado no dia 23, após a contagem dos votos. O Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado é um órgão deliberativo e supervisor das atividades da Instituição e de cada um de seus integrantes, sendo composto pelo procurador geral (Juraci Jorge da Silva), que o preside; pelo procurador geral adjunto (Lerí Antônio Souza e Silva); pelo corregedor geral (Aparício Paixão); pelo presidente da Associação dos Procuradores do Estado (Maxwell Mota de Andrade), na qualidade de membros natos, e por mais sete membros da Classe Especial eleitos pelos pares por meio de escrutínio secreto. O mandato é de dois anos e entre as competências do Conselho Superior está exercer poder normativo para elaborar e aprovar as normas e instruções do concurso para ingresso na carreira; deliberar a promoção por merecimento, dentre os 2/5 (dois quintos) dos procuradores mais antigos da classe imediatamente inferior àquela cuja vaga será preenchida; manifestar-se, obrigatoriamente, em quaisquer outras propostas de alteração na estrutura, organização e atribuições da Procuradoria Geral do Estado; julgar os processos administrativos disciplinares instaurados contra Procuradores do Estado, encaminhando ao procurador geral a deliberação adotada no julgamento, para aplicação de penalidade ou arquivamento por absolvição, ressalvados os casos de competência do governador. “Resolvi me candidatar no intuito de contribuir com a PGE. A Instituição precisa da nossa dedicação e mesmo com todas as atribuições que cada um possui, com as atividades rotineiras de cada setor, fazemos isso em prol da categoria e dos servidores em geral. O Conselho é fundamental porque decide questões importantes que acabam influenciando na classe dos procuradores, dos servidores e, eventualmente, de outras categorias. Agradeço a todos que votaram em mim e agora é fazer um trabalho com esmero que a Procuradoria merece”, disse o procurador do Estado e novo conselheiro, Fábio José Gobbi Duran. Já a Corregedoria Geral é uma unidade de direção superior da Procuradoria Geral do Estado, encarregada da orientação e fiscalização funcional, bem como da conduta dos seus membros, sendo chefiada pelo Corregedor Geral. Este é escolhido dentre os Procuradores integrantes da Classe Especial em efetivo exercício e é eleito por meio de escrutínio secreto e direto, com mandato de dois anos, permitida a reeleição por um único período. Entre as competências do Corregedor Geral, está instaurar os procedimentos adequados à apuração de faltas disciplinares e irregularidades atribuídas a integrante da carreira de procurador e/ou solicitar ao procurador geral ou ao Conselho Superior a instauração de processo administrativo; determinar a realização de diligências e atos de coleta de provas necessárias ao julgamento de processo administrativo disciplinar; presidir a comissão de apuração do estágio probatório; apresentar, semestralmente, dados estatísticos sobre os trabalhos dos procuradores; apontar ao procurador geral as necessidades de pessoal ou material nos serviços afetos à PGE; e prestar auxílio ao procurador geral e aos demais dirigentes das unidades da Procuradoria Geral do Estado de Rondônia na execução das medidas que objetivem ao melhoramento e à regularidade das atividades e serviços. “A minha motivação para ser corregedor foi a de auxiliar o Estado de Rondônia. Pretendo trabalhar, principalmente, três eixos: tecnologia, passando por investimentos na atualização e informatização; o acompanhamento das atribuições dos procuradores, no sentido de dialogar e saber qual que é o problema do procurador nas setoriais e regionais para ajudá-lo e tentar minimizar os efeitos dessa demanda massiva que a Procuradoria tem hoje e assim trazer mais resultados positivos para o Estado; e estimular a qualificação constate dos procuradores por meio de mestrados, doutorados e que esse conhecimento possa ser compartilhado com todos da PGE enriquecendo o referencial dos colegas”, afirmou o procurador do Estado e novo corregedor. FonteTexto: Ana ViégasFotos: Ana ViégasSecom – Governo de Rondônia
II Conferência dos Procuradores do Estado de Rondônia acontece nesta semana
Com o tema “Reflexões para uma nova visão de Administração Pública”, a II Conferência dos Procuradores do Estado de Rondônia será realizada nesta quinta e sexta-feira (21 e 22), no Teatro Guaporé, em Porto Velho, com o objetivo de promover a troca de conhecimento e fomentar uma nova percepção sobre a Administração Pública. O evento contará com mesas redondas, painéis, palestras e um time de dez profissionais com vasta experiência na área. “Nosso intuito, desde a primeira reunião para discutir o evento, ainda em janeiro, era escolher um tema relevante e inovador. As incessantes mudanças na sociedade atual exigem da Administração Pública um papel mais eficaz que consiga, mesmo que com menos recursos, cumprir seu papel de maneira eficiente, rápida e de qualidade. Por isso a escolha do tema”, ressaltou o procurador do Estado e um dos organizadores do evento, Danilo Sigarini. Uma curiosidade é que, nesta programação, as palestrantes são todas mulheres. Eneida Desiree Salgado, doutora e mestre em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná; Karina Furtado Rodrigues, doutora e mestre em Administração Pública pela EBAPE/FGV; Luana Renostro Heinen, doutora em Direito; Irene Patrícia Nohara, doutora e mestre em Direito do Estado; Ana Cristina Aguilar Viana, doutoranda em Direito do Estado e mestre em Políticas Públicas; Isabela Ferrari doutoranda e mestre em Direito Público; Raquel Melo Urbano, mestre em Direito; Úrsula Gonçalves Theodoro de Faria Souza, doutoranda em Ciência Jurídica e mestre em Direitos Humanos e Desenvolvimento da Justiça; Denise Luci Castanheira, mestranda em Saúde Pública e especialista em Bioética; e Tais Cunha, mestre em Administração Pública e especialista em Direito Público e Advocacia Pública. “É importante lembrar que as palestrantes que participarão do nosso evento não foram convidadas apenas por serem mulheres. São nomes de destaque e respeitadas nacionalmente por sua atuação profissional e conhecimento jurídico. Coincidentemente são mulheres. O fato de chamar atenção a realização de um evento apenas com mulheres (e ser tido como normal um evento apenas com homens), demonstra o quanto a igualdade de gênero precisa avançar. A Conferência não é um evento sobre feminismo ou direcionado apenas para mulheres, e sim, um evento para todos com palestrantes mulheres. Acredito que essa reflexão é uma mensagem importante que o evento traz consigo”, afirmou Danilo Sigarini. Este ano, no dia da abertura, acontecerá o lançamento da revista Guaporé, publicação com periodicidade anual que terá, em sua primeira edição, artigos científicos, trabalhos técnicos e entrevistas sob a temática abordada na II Conferência; e a palestra Magna da Professora doutora Isabela Ferrari, com o tema “Inteligência Artificial e Direito”. “Este ano nossa expectativa é superar a quantidade de participantes do ano passado. Nossas inscrições estão chegando na lotação máxima do Teatro Guaporé, o que nos deixa muito felizes e indica que a sociedade rondoniense apoia nosso evento”, disse Danilo Sigarini. Os interessados ainda podem realizar sua inscrição pelo site do evento clicando aqui. CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO EVENTO. FonteTexto: Ana ViégasFoto: Leandro MoraisSecom – Governo de Rondônia
Aliete Morhy: uma vida guiada pela determinação.
A filha de Maurício Nunes da Silva Matta e Francisca Pereira da Rocha Matta possui a vitalidade de quem ainda tem muitos projetos para concretizar e a sabedoria de quem tem muito para ensinar. Perto de completar sua nona década, a idade serve para somar experiências, mas nunca para limitar suas metas. Aos 86 anos, Aliete é cidadã do mundo. Nascida em Belém do Pará, a primeira mulher a assumir o cargo de procuradora geral do Estado de Rondônia, mantém a alegria e o discernimento na condução de sua vida. A caçula de 4 irmãos (Nilton, Alberto, Marina) inicia sua história com Rondônia, em 1949, quando, aos 16 anos, mudou-se para Guajará Mirim após o falecimento do seu pai, pois seu irmão já morava no município por conta do trabalho. Os planos eram de ficar por lá até que o Banco da Amazônia o transferisse seu irmão para a capital do Pará, quando toda a família retornaria para sua cidade natal. Contudo, Aliete conheceu um rapaz com quem começou a namorar, e, quando seu irmão recebeu uma promoção para assumir a agência de Porto Velho, em 1950, Omar Filho pediu-a em casamento. Então, em 17 de janeiro de 1951, ela se casa e retorna com o marido para Guajará Mirim – tendo passado pouco tempo na capital. Ao chegar, recebeu um convite para ser professora primária no grupo Simón Bolívar e assim iniciou sua trajetória como docente. A mãe do Omar Neto, Taher, Alda, Lya de Fátima, Maurício e Aliomar, foi também a primeira mulher a ser eleita como vereadora em Rondônia. Porém, o seu grande sonho sempre foi fazer o curso de Direito. Determinada a realizar esse desejo, em 1979, quando foi acompanhar seu marido para um tratamento de saúde em Brasília, iniciou o curso de Direito – aos 48 anos. Depois de formada, o doutor César Montenegro, que havia sido juiz em Guajará Mirim e tinha conhecimento do trabalho desenvolvido pela Aliete com a juventude do município, estava como presidente do Tribunal de Justiça e a convidou para assumir a Consultoria Jurídica da Presidência do TJ. Assim, ela volta para Porto Velho e inicia de vez sua carreira dentro do Direito. Alguns anos depois, o primeiro concurso para Procurador do Estado de Rondônia foi realizado e ela foi aprovada entre os primeiros colocados. Para conhecer mais da vida profissional da dinâmica Aliete, dentro da PGE, acompanhe a entrevista: Qual a sua experiência profissional antes da PGE? Fui professora, vereadora e exerci um cargo comissionado no Tribunal de Justiça. Quando a senhora ingressou na PGE e como foi? Ingressei na PGE-RO por meio do primeiro concurso público que teve para procurador do Estado em 1988. Eu estava fazendo vários concursos porque queria ter um vínculo com o Estado para não depender de cargo comissionado, apesar do pessoal do Tribunal me ter em um conceito muito bom. E eu digo que Deus foi bom comigo por eu ter passado no concurso da Procuradoria porque se eu tivesse passado no do Ministério Público ou para juíza, eu teria que ir para o interior, e como passei entre as primeiras colocadas no da PGE, eu fiquei na capital. E de interior eu já estava saturada. Em que momento decidiu pela carreira de procuradora do Estado? Eu nem sabia que eu tinha passado na primeira etapa do concurso. Naquela época, os telefones eram ruins e eu estava passando férias em Natal quando minha filha me ligou dizendo que tinham entrado em contato para avisar que eu tinha passado no concurso lá da “caixa d’água”. Falavam assim porque a Procuradoria ficava na praça da caixa d’água. Eu retornei para Porto Velho e fiz a segunda etapa, que era a prova oral, e fui aprovada. Como era a PGE quando a senhora entrou? O prédio ficava na praça das 3 caixas d’água. Adelaide Rodrigues Brasil era a secretária que trabalhava lá com os advogados há muito tempo e o procurador geral era o doutor Erasto Villa Verde que foi quem fez o concurso público. Eu fiquei na Procuradoria Administrativa e éramos poucos procuradores, no máximo 12. No Tribunal de Justiça eu fazia admissibilidade de recurso extraordinário que é um negócio meio chato de fazer, mas eu já tinha prática. E o doutor Erasto me pediu para fazer um rascunho de um recurso extraordinário. Era referente a um problema de professores contra o Estado. Eu fiz e levei para ele olhar. Ele disse que o recurso estava pronto e pediu para eu assinar. Graças a Deus deu certo. E esse recurso extraordinário nos deu vitória depois de alguns anos. Nessa época, a Defensoria Pública era subordinada à Procuradoria e o doutor Erasmo me convidou para dirigir a Defensoria. Eu aceitei. Era em um prédio muito alto e que você chegava lá em cima morrendo de cansaço. Argumentei que aquele não era um local para atender pessoas que procuravam o auxílio do órgão porque elas já vinham de tão longe, andavam, pegavam ônibus, para chegar no local de atendimento e ainda ter que subir uma escada enorme! Então o doutor Erasto me permitiu procurar um outro local para funcionar a Defensoria. Eu encontrei uma casa que ficava em frente ao Cemitério dos Inocentes e houve a mudança. Graças a Deus eu consegui realizar um bom trabalho. Movimentei a Defensoria, coloquei estagiários, briguei até com o presidente da OAB que não queria deixar eu colocar os estagiários. Tive muito apoio do doutor Anísio que era advogado e defensor. Por que o senhora acha que foi escolhida como procuradora geral do Estado em 1990? O governador era o doutor Jerônimo Santana e eu não entendia muito de política, entendia só de política de interior da época em que fui vereadora, mas nem recebia salário porque o município tinha menos de cem mil habitantes. O subprocurador chegou me perguntando se eu sabia que seria procuradora geral e questionei “por quê?”. Até mesmo pelo fato do governador ser do partido MDB e eu sempre ter sido do Arena – que
Procuradores realizam sustentações orais em defesa do Estado
A sustentação oral tem se destacado como instrumento jurídico eficaz na defesa do Estado de Rondônia e se apresenta, também, como ferramenta importante para garantir o contraditório e ampla defesa – assegurados pela Constituição (art. 5º, LV). Em casos complexos, que irão impactar diretamente nos recursos financeiros e em políticas públicas, a Procuradoria utiliza a sustentação oral para apresentar as razões do Estado perante os Tribunais. Por meio dela, os procuradores sinalizam aos julgadores detalhes do processo que não podem ser preteridos e que são importantes ressaltar antes da decisão final. Vale destacar duas recentes sustentações orais feitas pelos procuradores do Estado de Rondônia: uma realizada em outubro, no Supremo Tribunal Federal, pelo procurador Alexandre Cardoso da Fonseca no julgamento sobre cobrança pelo governo federal de dívida do extinto Banco do Estado de Rondônia, rendendo-lhe, inclusive, elogio do Presidente do STF – Ministro Dias Toffoli; e outra proferida neste mês, no Tribunal de Justiça, pela procuradora Tais Cunha. “É muito importante que em casos de relevância, que tem maior repercussão financeira e nas políticas públicas, a Procuradoria esteja presente sustentando oralmente as razões do Estado. Desta vez foi defendida a necessidade de deferência às decisões de gestão do Poder Executivo, imposição do princípio da separação dos poderes e do modelo de democracia representativa adotado no Brasil”, afirmou a procuradora. Não há uma periodicidade definida para que procuradores realizem sustentações orais nos Tribunais. Depende muito da análise feita pelo próprio procurador responsável pelo processo que, percebendo a necessidade e a pertinência, faz sua inscrição para fazer a sustentação. Também há casos em que o cabimento é identificado pelo Gabinete do Procurador Geral, que atribui essa missão a algum procurador. FONTE: Texto: Ana Viégas Imagens: Acervo pessoal de Tais Cunha e TV Justiça.
Parceria entre PGE e TCE, em Rondônia, ganha reconhecimento nacional
Iniciada em maio de 2015, a parceria entre a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) tem rendido bons frutos. Saindo na vanguarda, o modelo adotado em Rondônia tem servido de parâmetro para outras instituições no país. Prova disso foi o reconhecimento da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) que resolveu replicar o modelo nos Tribunais de Conta pelo país. Trata-se de uma dinâmica de trabalho em que a Procuradoria possui uma unidade dentro do próprio TCE e fica responsável pela gestão operacional da carteira da Dívida Ativa, oriunda de condenações impostas pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia; pela atuação judicial, correspondente à cobrança da dívida ativa e defesa dos atos e prerrogativas institucionais do Tribunal de Contas e do Ministério Público de Contas do Estado de Rondônia; e pela consultoria jurídica, responsável por analisar os procedimentos de contratação pública e atos de pessoal. Paraná e Amazonas figuram entre os Estados que já estabeleceram contato com unidade, demonstrando interesse em obter informações sobre esse modelo que tem alcançado resultados significativos. “Caiu vertiginosamente o número dos acórdãos anulados por decisões judiciais. Não é incomum que, após o Tribunal responsabilizar determinado gestor, o interessado ingresse em juízo pretendendo anular o respectivo acórdão. Com a concentração da defesa em unidade específica da PGE, propiciou-se uma atuação mais especializada na matéria e um acompanhamento mais íntimo das demandas, tornando os atos do Tribunal menos suscetíveis à anulação. Ganhou o Tribunal; ganhou a sociedade rondoniense. Além disso, e por consequência, o volume da arrendação aumentou consideravelmente, sobretudo em relação à recuperação dos créditos provenientes de ressarcimento ao erário. Esse efeito é operado direta e indiretamente, porque o gestor responsabilizado passou a ser cobrado de maneira mais efetiva e, sobretudo e por consequência disso, passou a demonstrar maior interesse no adimplemento espontâneo, o que é representado pelo significativo aumento dos parcelamentos realizados administrativamente”, afirma o procurador do Estado e diretor do PGETC, Tiago Cordeiro. INICIATIVAA ideia da parceria surgiu quando o atual presidente da Corte, Edilson de Sousa Silva, então corregedor do Tribunal de Contas do Estado, percebeu que a instituição necessitava de um contato mais direto com a Procuradoria, a fim de se dar um tratamento mais especializado e próximo às demandas da Corte. Após tratativas realizadas entre o Governador do Estado, a Administração Superior da PGE e a cúpula do Tribunal, acordou-se que o TCE passaria a contar com uma unidade destacada da Procuradoria Geral do Estado em sua sede. Inicialmente, o desafio de estruturar a PGETC ficou a cargo do procurador Fábio Santos, que, dando início aos trabalhos em maio de 2015, permaneceu na instituição até junho de 2019. No começo, a unidade contava apenas com ele e um estagiário em Direito para fazer frente à toda a demanda de trabalho. “O início foi desafiador. Tínhamos pouca estrutura, pois dividíamos sala, eu e um estagiário, com dois outros setores, para uma carteira que superava os 1500 processos”, relembra. Em 2016, quando o então corregedor, Edilson de Sousa Silva, assumiu a presidência da Corte, ele designou novos integrantes à equipe e ampliou a atuação da Procuradoria que, no princípio, atuava somente na cobrança dos acórdãos. Desde então, a PGETC passou a ficar responsável pela defesa de todos os atos do Tribunal, ou seja, qualquer ação questionando um acórdão ou um ato do Tribunal, em todo o Estado, passou a ser defendido pela unidade específica da Procuradoria. Ademais, com a função de prestar consultoria jurídica à Corte, os processos que envolvem contratações, licitações, convênios e atos de pessoal, também passaram a contar com a atuação da unidade. De forma objetiva e simples: todo e qualquer assunto jurídico que envolva o TCE, em todo o Estado, está a cargo da PGETC. Atualmente, para conseguir manter a qualidade do trabalho e responder de forma eficiente às demandas, a equipe é composta por dois procuradores, sendo Tiago Cordeiro, diretor da PGETC, e Danilo Sigarini, o diretor substituto; quatro assessores, Luan Chaves, Patrícia Damas, Sérgio Yassaka, Ana Carolina Mello; três estagiários de Direito, Vitória Alves, Jairo Lopes e Felipe Duarte; um estagiário de Administração, Joelson Silva; e quatro funcionários terceirizados responsáveis pelo atendimento aos responsabilizados e manutenção das rotinas administrativas e estatísticas da unidade: Luan Felipe, Júlia Alves, Nathalya Godinho e Thales Jurello. Sete vezes mais pessoas do que quando tudo começou em 2015. “Trabalhamos visando executar as decisões do Tribunal de uma forma mais célere e efetiva possível. O TCE nos dá o suporte que necessitamos para exercer bem o trabalho e a nossa equipe é muito qualificada, experiente e especializada no que faz. Juntando essas duas coisas, a estrutura e a equipe – aliadas ao nosso trabalho -, conseguimos fazer o melhor em prol da arrecadação em favor da sociedade rondoniense”, comenta o procurador e diretor substituto da PGETC, Danilo Sigarini. COMPETÊNCIAAo contrário do que muitos pensam, a PGE não fica limitada à defesa dos atos do Poder Executivo. A própria visão da Procuradoria, que é “ser reconhecida como Instituição que, com exclusividade e qualidade, presta orientação e defesa jurídica à Administração Direta e Indireta e a todos os poderes”, já denota a abrangência da sua competência. Isso deriva, aliás, do tratamento constitucional conferido à Instituição. E o trabalho desenvolvido pela PGE junto ao TCE é a constatação desta vasta atuação. “É bem comum uma certa confusão de que a Procuradoria somente defende o Poder Executivo. Em verdade, a PGE tem a responsabilidade de defender todos os Poderes. Ao criar a Procuradoria junto ao Tribunal de Contas, a PGE-RO cria uma unidade altamente especializada em atender, em especial, as demandas judiciais da Corte de Contas. Para além, como a unidade atua na recuperação de valores malversados por gestores, a unidade tem a importantíssima função de atuar no combate à corrupção e na recuperação de créditos desviados do erário rondoniense”, ressalta o procurador do Estado, Fábio Santos. RESULTADOS A partir de 2016, quando já era possível mensurar os impactos causados pelo trabalho desenvolvido na PGETC,
Governo de Rondônia define encaminhamentos para celeridade aos processos de transposição dos servidores do Ex-território
O Governo do Estado definiu como encaminhamentos a produção de um calendário para trabalhar junto aos Estados que estão em consenso com a mesma pauta e alinhamento da meta de implantação de transpostos junto à bancada federal, em Brasília/DF. A Associação, que acompanha os servidores federais em transposição, questionou o Governo sobre o andamento dos processos de transposição, que notoriamente observa-se a lenta caminhada das câmaras julgadoras. A presidente da Asmetron, Divina Eterna, reforçou o pedido ao Estado quanto à celeridade no que lhe cabe, de fornecer documentações aos servidores, que então podem montar o processo de acordo, agora, com a nova portaria n° 8.382, publicada em 31 de outubro, que confirma a transposição de aposentados. “Estado ficou de janeiro (2019) a 21 agosto parado, até que foi julgado. Onde disseram o seguinte, a intenção era verificar três pontos: capacidade técnica da equipe que analisava em Brasília, falta de instrumentos que possibilitassem o andamento, e os quesitos utilizados para que efetivamente fosse considerado apto o servidor”, explicou o superintendente de Gestão de Pessoas (Segep), Silvio Luiz Rodrigues. Dos processos avaliados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) foram pontuadas questões que deveriam ser melhoradas. Segundo Rodrigues, a comissão parou para acatar e acolher, a partir da nova portaria, as correções que o Tribunal fez. Em 2019, apenas 193 servidores foram transpostos. De 30 mil processos, foram deferidos 7.997 mil servidores contratados até o ano de 1987. Destes, 5.410 mil já estão em folha de pagamento, os demais já compõem o quadro federal, mas aguardam para entrar em folha. Pelo menos, 3.300 mil aposentados devem compor o quadro federal, mas aguardam desde a publicação da Lei n° 13.681, de julho de 2018, que possam ser contemplados. O deputado Federal Léo Moraes representou a bancada federal na reunião e considerou pressionar a efetividade e celeridade na conclusão dos processos em pausa para que os servidores passem a compor o quadro federal, o que pode “desonerar a folha (pagamento) e dar o poder de investimento”. A Associação Asmetron demonstrou entendimento na vontade do Governo do Estado que está alinhado à União, mas questionou qual o encaminhamento possível para dar celeridade no que cabe ao Estado. Foi pedida atenção pelos servidores, que foram desbravadores do Ex-território, em maioria com idade superior a 50 anos, encontrados em situações de desânimo, doentes ou carentes financeiramente, assim como alguns que faleceram aguardando a transposição. “A Asmetron pede a intercessão do Governo aos órgãos competentes para dar celeridade nos processos de análise, julgamento e enquadramento na portaria. Eles depositam a esperança na transposição”, declarou a presidente. O governador Marcos Rocha ressaltou o empenho do Estado em contribuir com o andamento dos processos de transposição, para que todos os servidores que aguardam o enquadramento sejam favorecidos, permitindo melhor desenvolvimento do Governo, pois também “desonera o Iperon (Instituto de Previdência dos Servidores Públicos) e possibilita melhoria nos salários dos servidores estaduais”. O procurador do Estado, Luciano Alves, aproveitou a ocasião para fazer um breve relato histórico acerca da transposição e explicou os processos de readequação. atendendo à nova portaria publicada em outubro deste ano. “Estamos com uma equipe em Rondônia trabalhando para dar celeridade aos processos e atender os servidores”, garantiu. Os representantes do Estado e a Asmetron definiram como encaminhamentos a produção de um calendário, para trabalhar junto aos Estados. Texto: Gaia BentesFotos: Frank Néry
Planejamento Estratégico avança mais uma etapa em Rondônia
Na última semana, nos dias 4, 6 e 8, no Centro Universitário São Lucas, integrantes da Procuradoria Geral do Estado de Rondônia (PGE-RO) participaram de oficinas para a discutir os objetivos e estabelecer as metas que irão compor o Planejamento Estratégico da Instituição. A proposta é fazer um planejamento participativo para possibilitar uma visão holística das reais necessidades de melhorias para a PGE-RO. A metodologia escolhida para esta etapa foi a formação de dois grupos mesclando analistas e técnicos de diferentes áreas, assim como procuradores de setoriais distintas, para proporcionar um debate profícuo e uma análise mais crítica sobre o eixo designado para cada equipe. Ao chegar, os participantes receberam uma pasta com a compilação da análise de Swot – etapa realizada no início do ano com todos os setores da PGE – e um documento que continha a sugestão dos macro-objetivos e das ações que poderiam ser desenvolvidas para alcançá-los. A dinâmica consistia em avaliar o documento com o eixo que ficou indicado para o grupo, sugerir melhorias e definir metas para cada ação. Após este primeiro momento, as equipes trocavam de material para que uma nova análise do eixo fosse feita a partir das considerações do outro grupo. 1º DIA A manhã começou com a fala do presidente da comissão de Planejamento Estratégico, Lerí Antônio Souza e Silva, agradecendo a disponibilidade de todos e reforçando a importância que o planejamento tem para a Instituição. “Quero agradecer a participação de todos os presentes e ressaltar a relevância de planejar a atuação da Procuradoria nos próximos anos para podermos entregar resultados cada vez melhores”, disse. No primeiro dia, os eixos analisados foram “Estado e Sociedade”, que procura trabalhar a melhor gestão de recursos do Estado para garantir políticas públicas para a população; e “Processos Internos”, que busca a excelência na gestão, comunicação interna e rotinas. Depois da explicação de como funcionaria a dinâmica das oficinas, cada grupo ficou com um eixo e fez seus apontamentos e sugestões formulando um novo documento. Posteriormente, as equipes trocaram esses documentos para ponderar e opinar sobre o outro eixo de acordo com as modificações realizadas. 2º DIAAntes de iniciar a divisão dos grupos, foi realizada a consolidação dos macro-objetivos, ações e metas dos eixos trabalhados no primeiro dia. Por meio de um diálogo entre os participantes, as informações foram registradas e uma nova versão do documento foi produzida. Dando continuidade à oficina, os eixos “Pessoas”, focado na preocupação em capacitar e valorizar o capital humano; e “Tecnologia”, responsável pela infraestrutura física e tecnológica adequada da organização, incluindo sistemas e processos, foram colocados em pauta para discussão. Seguindo o mesmo processo, os participantes foram divididos em 02 (dois) grupos e cada um ficou responsável por discutir um eixo para que, no próximo encontro, ocorresse a troca e o debate sobre as considerações feitas por cada equipe. “O Planejamento Estratégico proporciona a elaboração de um plano para colocar em prática projetos que muitos membros de carreira tentam efetivar. Também temos a oportunidade de sinalizar o que pode melhorar na estrutura da PGE porque acreditamos que ela tem potencial para crescer ainda mais. Como sou da área de TI, pude colaborar mostrando como é a realidade do nosso setor para orientar quais ações eram pertinentes ou não. Já nos outros eixos, consegui contribuir representando meus colegas da carreira de apoio sugerindo melhorias para a Instituição como um todo”, afirmou o técnico em informática, Romário Oliveira. 3º DIA O último dia das oficinas iniciou com a troca das considerações que cada grupo havia realizado no encontro anterior. Após as equipes debaterem e avaliarem os apontamentos, foi a hora de consolidar os macro-objetivos, ações e metas dos eixos Pessoas e Tecnologias. “O Planejamento Estratégico é um ponto de partida tendo em vista que a PGE já tinha metas sem sequer planejá-las antes. Achei a dinâmica adotada para as oficinas excelente porque contou com representantes de procuradores e servidores de diversas setoriais e dos setores de apoio. Fiquei muito feliz em participar e creio que seja um grande passo que a nossa Procuradoria esteja dando”, comentou o procurador do Estado, Pedro Henrique Simões. A próxima etapa é formular um documento com o que ficou decidido nas oficinas – acrescentando os indicadores para cada ação – e apresentar à direção da PGE para aprovação e continuidade do planejamento. Leia Mais: Comissão de Planejamento Estratégico da PGE realiza visita técnica ao Tribunal de Justiça II Conferência dos Procuradores do Estado de Rondônia abordará nova visão da Administração Pública FonteTexto: Ana ViégasFotos: Ana ViégasSecom – Governo de Rondônia
Lerí Antônio Souza e Silva: um olhar atento ao futuro da PGE.
Nascido no interior de São Paulo, em Assis, o primogênito de José Souza e Silva e Irene Pereira e Silva, viveu por várias cidades da capital paulista até vir morar em Rondônia. Martinópolis, Itápolis, Promissão e Araçatuba foram os municípios em que morou no período da infância e adolescência devido ao trabalho do pai, que, por ser gerente de banco, passou por diversas transferências ao longo da sua carreira. Com o término da escola, Lerí Antônio, resolveu prestar vestibular para Administração de Empresas, porém, cursou apenas um ano e em 1980, por influência de um colega de trabalho, resolveu fazer a faculdade de Direito, ponderando que teria mais possibilidades de atuação. Em 1984, ao concluir sua graduação na Instituição Toledo de Ensino, fez o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no qual obteve êxito logo na primeira tentativa. E a oportunidade para mudar de estado surgiu em seguida, com o convite de um colega de faculdade que estava advogando em um escritório em Ji Paraná. Então em julho de 1985, o jovem recém-formado arrumou as malas e veio trabalhar como advogado no norte do país. De lá para cá, ele construiu família, passou para o concurso de procurador do Estado, criou raízes em Rondônia e hoje não se vê longe desta terra. O pai do Luís Augusto (39 anos), da Mariana (30 anos), do Lerí (26 anos), do Samuel (12 anos) e do Gabriel (9 anos) não esconde seu carinho e gratidão pelo estado que o recebeu de forma tão acolhedora. O atual procurador geral adjunto do Estado tem uma carreira consolidada dentro da Procuradoria com mais de 30 décadas atuando em diferentes Setoriais, e hoje, ele fala do passado sem perder o olhar para o futuro. A experiência adquira em todos esses anos, permitiu uma visão abrangente da PGE, o que o faz apoiar novos projetos. Presidente da Comissão de Planejamento Estratégico, ele acredita que a tendência da Instituição é expandir seus horizontes e crescer continuamente. Para conhecer mais da história deste decano da Procuradoria, acompanhe a entrevista a seguir: Qual a sua experiência profissional antes da PGE? Fui escriturário de uma empresa que fornecia placas para carros no interior de São Paulo. Depois trabalhei em banco Itaú, posteriormente advoguei por uns 2 anos e meio e me tornei procurador. Quando o senhor ingressou na PGE e como foi? Por meio de concurso em março de 1988. Foi no primeiro concurso realizado pela Instituição. Em que momento decidiu pela carreira de procurador do Estado? Rondônia é um lugar de muitas oportunidades e logo que cheguei aqui eu passei a fazer parte de um escritório de advocacia e surgiu a notícia de que teria um concurso para procurador do Estado. Fui incentivado por um amigo e resolvi fazer a inscrição. Na época, eu tinha de 25 para 26 anos e o advogado para o qual eu trabalhava falou que eu estava louco em querer ser funcionário público. Ele deve ter pensado que eu estava desestimulado com o trabalho no escritório e disse que a gente ainda iria ganhar muito dinheiro. E de fato era um escritório bom, o advogado Wagner Barbedo era e é bem conceituado. Mas sabe aquela situação de você estar na casa de um amigo ou em uma casa alugada e que a pessoa pode vir a qualquer momento e dizer “desocupa”. Pois é. Eu fiquei muito temeroso em relação a isso! Nunca tive a intenção de fazer concurso ou ser funcionário público. Nunca tive a pretensão de ser magistrado ou do Ministério Público. Eu nunca tive esse viés, na verdade eu fui incentivado e levado pelo destino. O que me animou um pouco, na época, foi o colega falando que era o primeiro concurso e que seria uma boa. O salário não era ruim, mas também não era tão atrativo assim. O que me levou a fazer o concurso foi essa insegurança de estar em um escritório de advocacia que não me pertencia e saber que a qualquer momento poderia ser desligado. Na época, eu pensei na estabilidade e na segurança que o cargo poderia me trazer. Como era a PGE quando o senhor entrou? Quando ela foi formada, tinha uma estrutura razoável. Tanto física como organizacional. Tínhamos máquina de escrever, mobiliário para comportar bem o pessoal e uma boa localização. Ficava em frente à praça das 3 caixas d’água. Na verdade, o Estado foi crescendo e a Procuradoria não acompanhou esse crescimento e nós passamos um período com a estrutura deficiente. Quem ingressou junto com o senhor na PGE que está até hoje? Atualmente, só o doutor Luciano Alves. E o que o senhor percebe que mais mudou nesses anos? Evidentemente que a PGE experimentou mudanças enormes. Tanto no pessoal quanto na estrutura. A Procuradoria quando foi criada, só existia na capital. Não tínhamos nem as regionais. A primeira que abriu foi em Ji Paraná e, coincidentemente, eu que fui para lá estruturar a regional. Fiquei por 3 meses até deixar tudo organizado. Depois foram criadas as outras e nós fomos crescendo. Inclusive, já temos a autorização para criar a de Ariquemes. As mudanças que a PGE passou foram enormes. Nós éramos 20 procuradores e hoje somos mais de 70. E a Procuradoria durante todo esse período teve altos e baixos em relação ao reconhecimento do seu trabalho, até por que depende muito do governador. Hoje temos um excelente corpo técnico que se qualifica constantemente. E o governo deveria se utilizar melhor de todo o conhecimento e da estrutura que a Procuradoria conseguiu alcançar. Qual, o senhor considera, o grande marco para a evolução da PGE? O que me vem à cabeça é esse último concurso que fizemos para procurador do Estado. Foi o oitavo concurso da Procuradoria e as nomeações começaram em 2012. Foi uma média de 100 aprovados e todas foram nomeados, tendo 73 tomado posse. Isso aconteceu porque no decorrer do tempo, alguns passaram em outros concursos ou se mudaram – o que deixou vagas em aberto permitindo a